Retirar as amigdalas

Porque não se retira as amígdalas para não ter mais amigdalites?

A retirada das amígdalas deixa o organismo desprotegido da sua ajuda, no combate às infecções, na medida em que elas são o primeiro escudo contra as bactérias, que querem invadir o organismo.
Pessoas sem amígdalas desenvolvem mais faringites (infecção da faringe), portanto, deve ser evitado ao máximo.

A remoção cirúrgica das amígdalas, é normalmente opção para doentes com infecções repetidas, principalmente se interferirem com a vida quotidiana da pessoa. Considera-se infecção repetida em crianças quando têm 6-7 episódios num ano, ou 4-5 amigdalites em cada ano de dois seguidos ou três em cada ano de três sucessivos.
Nos adultos, a gravidade e a frequência associada a infecções repetidas são factores considerados mais relevantes que o número absoluto de episódios. A cirúrgica também está indicada quando há uma tal hipertrofia das amígdalas (associada também aos adenoides) que leva a problemas graves do sono, nomeadamente o ressonar, apneia do sono, obstrução nasal; otites ou sinusites de repetição.

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Tratamento da amigdalite

Médicos e pacientes podem usar diversas opções no sentido de conseguir o tratamento da amigdalite.

Compare as opções de tratamento da amigdalite

Não tratar a amigdalite com medicamentos é uma opção, já que muitas infecções das amígdalas são suaves e melhoram de modo rápido.
Quem sofre de amigdalite deve beber muita água. O ato de beber água pode ser incómodo já que pode custar a engolir. Pessoas com amigdalite têm tendência para ficar um pouco desidratadas se não beberem muito água, especialmente se também tiverem uma temperatura elevada (febre). Alguma falta de líquido no organismo (desidratação leve) pode motivar dor de cabeça e cansaço.
Paracetamol ou ibuprofeno aliviam a dor, dor de cabeça e febre. Para manter os sintomas minimizados, o melhor é tomar uma dose a intervalos regulares tal como recomendado no folheto da medicação, ao invés de vez em quando. Por exemplo, tome paracetamol quatro vezes por dia até que os sintomas desapareçam. Embora, normalmente, o paracetamol ou ibuprofeno ajudem a melhorar os sintomas, existem alguns indícios que sugerem que o ibuprofeno pode ser mais eficaz do que o paracetamol quando falamos em aliviar os sintomas em adultos. Geralmente, o paracetamol é a opção preferida de primeira linha para as crianças, mas o ibuprofeno pode ser usado como uma alternativa.
Algumas pessoas com determinadas condições poderão não poder tomar ibuprofeno. Então, leia sempre o rótulo da medicação.
Líquidos que servem para gargarejar, pastilhas e sprays que você possa comprar em farmácias também podem ajudar a aliviar uma dor de garganta. No entanto, eles não encurtam a doença.

O que são amigdalas

Remover as amígdalas costumava ser um ritual comum da infância, e uma ótima desculpa para comer sorvete.

Mas para que servem as amígdalas? Acontece que as amígdalas desempenham um papel importante na prevenção de infecções.
Amígdalas são pedaços redondos que se situam na parte de trás da garganta, enquanto que os adenóides (que, como as amígdalas, fazem parte do sistema linfático) situam-se atrás do nariz e do céu da boca.
Juntos, amígdalas e adenóides previnem a infecção por germes não os deixando de entrar pela boca e nariz.
Na amigdalite, as amígdalas ficam infectadas, inchando-as e tornando-as doloridas. Amigdalite pode levar a problemas, incluindo dores de cabeça, dificuldade em engolir e mau hálito. Em casos raros, a doença pode evoluir para febre reumática.
Infecção dos adenóides pode levar a complicações que vão desde a dificuldade para respirar a infecções de ouvido.

Amigdalite causada por bactéria

A bactéria que geralmente causa amigdalite, é a Streptococcus pyogenes, sendo a mesma bactéria que leva a infecções na garganta.
Em crianças que não tenham atingido a puberdade, o sistema imunológico das amígdalas é muito mais ativo do que em adultos. Isso explica por que as crianças têm amigdalite com mais frequência do que os adultos.
Além disso, as crianças têm sistemas imunológicos que ainda estão em desenvolvimento, o que os deixa vulneráveis à infecção.
Os médicos hoje em dia tentam tratar a amigdalite através de antibióticos, em vez de remover as amígdalas completamente. Isso ajuda o corpo a lutar contra infecções na idade adulta.
No entanto, se uma amigdalite acontecer com frequência ou tornar-se grave, os médicos irão remover as amígdalas.

Amígdalas também podem ser retiradas se o paciente experimenta a apnéia do sono (pausas respiratórias durante o sono) ou não consegue engolir adequadamente carnes ou outros alimentos. Além disso, os médicos podem recomendar a sua remoção se os antibióticos não conseguirem melhorar a amigdalite.

Amigdalite e a função das amigdalas

Para entender a amigdalite é importante conhecer a função das amígdalas.

As amígdalas são órgãos predominantemente de células ß com ß-linfócitos, compreendendo 50% a 65% de todos os linfócitos tonsilares. Linfócitos de células T compreendem aproximadamente 40% de linfócitos tonsilares e 3% são células plasmáticas maduras.

Amígdalas estão envolvidas na indução da imunidade secretora e regulação da produção de imunoglobulina. As amígdalas estão numa localização favorável para mediar a proteção imunológica do trato aerodigestivo superior quando é exposto a antígenos transportados pelo ar. Além disso, existem 10 a 30 criptas em cada tonsila, que são ideais para prender o material estranho e transportá-lo para os folículos linfóides. A proliferação de células ß nos centros germinais das amígdalas, em resposta a sinais antigénicos, é uma das funções tonsilares mais importantes.

As amígdalas humanas são imunologicamente mais ativas entre as idades de quatro e dez anos. Involução das amígdalas começa após a puberdade, resultando numa diminuição das células ß.

Embora a produção total de imunoglobulina seja reduzida, existe ainda atividade considerável de células ß se estivermos perante amígdalas clinicamente saudáveis. As consequências imunológicas de amigdalectomia são claras. É evidente, no entanto, que a amigdalectomia não resulta numa deficiência imunológica importante.

Prevenir a amigdalite

Prevenir a amigdalite é difícil, principalmente no que diz respeito às crianças, que ficam bastante próximas por muito tempo, o que facilita a transmissão de vírus e bactérias e a consequente contaminação.
Mas deve evitar ficar em ambiente com muito fumo de tabaco e outros fumos.
Água gelada, andar descalço, tomar chuva, não trazem a doença, mas podem produzir variações de temperatura, criando condições para a instalação de bactérias que podem provocar amigdalites.